O senador Omar Aziz (PSD-AM), que preside a CPI, destacou a confissão de culpa da Braskem nos danos causados em Maceió e alertou que as empresas responsáveis pelos estudos também devem ser responsabilizadas. Ele ressaltou a importância de tomar medidas para evitar que situações como essa se repitam no futuro, destacando a gravidade dos acidentes ambientais ocorridos.
Durante o depoimento do engenheiro Vitor José Campos Bourbon, ex-funcionário da empresa Flodim, ele reconheceu sua responsabilidade técnica nas operações de sondagens de minas contratadas pela Braskem em 2013. No entanto, Bourbon negou ser responsável pelo laudo contratado e pelo seu uso pela Braskem, assim como pelos afundamentos ocorridos posteriormente.
O relator da CPI, senador Rogério Carvalho, questionou a confiança dos engenheiros nos dados fornecidos pela Braskem e levantou a possibilidade de a empresa ter induzido os profissionais ao erro. Ele também criticou a forma como a Agência Nacional de Mineração (ANM) tem fiscalizado a atividade, transformando a regulação do setor em uma “autorregulação”.
Os danos causados pela extração do sal-gema em Maceió são graves e afetaram milhares de pessoas, com o afundamento do solo e rachaduras em diversos imóveis na região. A Braskem, que passou a realizar a atividade a partir de 2003, é apontada como a principal responsável pelos impactos negativos. A população local tem sofrido com a destruição de casas e a evacuação de milhares de pessoas de suas residências.
Diante dos depoimentos e das acusações feitas durante a audiência, fica evidente a complexidade do caso envolvendo a Braskem e as empresas de engenharia contratadas. A busca por responsabilidades e a garantia de segurança para a população e o meio ambiente se tornam ainda mais urgentes diante dos danos já causados.