Na província de Cantão, milhares de fábricas produzem uma variedade de produtos, desde roupas até cafeteiras e perucas. Empresas chinesas estão buscando eliminar intermediários e vender diretamente aos consumidores estrangeiros, aproveitando a popularidade do TikTok. A gigante chinesa de fast fashion, Shein, é um exemplo de empresa que se estabeleceu no mercado ocidental através da plataforma.
Apesar do TikTok ser oficialmente bloqueado na China, vendedores têm utilizado softwares de rede privada virtual (VPN) para contornar essa restrição. Cursos estão sendo oferecidos para ensinar vendedores a maximizar o potencial de vendas na plataforma, abordando desde como criar um perfil até aspectos avançados como gerenciar remessas e analisar dados de vendas.
Os cursos têm sido cada vez mais procurados na China, com estudantes interessados em adquirir conhecimentos diversos, como contornar a censura na internet e falar várias línguas. O preço de um curso de seis dias pode chegar a 9.000 yuanes, aproximadamente R$ 6,3 mil.
Apesar das preocupações nos EUA, Wang Yaxuan, instrutora de uma escola de negócios online em Cantão, destaca que os alunos podem expandir seus mercados para além dos Estados Unidos. Com forte demanda no sudeste asiático, os vendedores chineses buscam diversificar suas vendas e alcançar públicos globais.
Em meio às incertezas sobre o futuro do TikTok nos EUA, a China está aquecendo o comércio internacional na internet, com muitos centros oferecendo cursos para ensinar a vender na plataforma. Além disso, veteranos do TikTok compartilham dicas e conselhos com os interessados, possibilitando um aprendizado contínuo e expansão dos negócios online.
