Compras em sites estrangeiros terão novo imposto a partir de 2026: confira as mudanças no Imposto sobre Valor Agregado (IVA)

No cenário atual, onde as compras realizadas em sites estrangeiros são isentas de impostos federais e pagam apenas 17% de imposto estadual, uma nova medida está prestes a ser implementada: o Imposto sobre Valor Agregado (IVA) para compras de produtos e serviços de até US$ 50. Esse novo imposto faz parte da reforma tributária e será composto pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) a nível federal e pelo Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) a nível estadual e municipal, com previsão de início da cobrança em 2026 e implementação gradual até 2033.

O projeto de lei complementar que regulamenta a reforma tributária, enviado ao Congresso Nacional, estabelece que todas as compras de produtos e serviços realizadas em plataformas digitais, incluindo sites estrangeiros, serão tributadas pelo IVA, sem distinção de valores para a cobrança. As novas regras do IVA não interferem no Imposto de Importação, que permanece isento para compras de até US$ 50, porém, as mercadorias importadas ainda estarão sujeitas a possíveis tarifas de importação que podem ser alteradas pelo governo a qualquer momento.

Desde agosto do ano passado, o Programa Remessa Conforme isenta as compras de até US$ 50 do Imposto de Importação, com cobrança de 17% de ICMS pelos estados. Com a implementação do IVA, as empresas estrangeiras terão que se registrar para recolher a CBS e o IBS, tornando a plataforma digital responsável pelo pagamento. Caso a empresa estrangeira não efetue o recolhimento do tributo, o comprador no Brasil terá que pagá-lo diretamente, adicionando a alíquota ao preço da mercadoria.

Durante entrevista coletiva para detalhar o projeto de lei complementar, o secretário extraordinário de Reforma Tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, ressaltou que o registro para recolher os tributos será simplificado, seguindo o padrão adotado em outros países. Com essas mudanças, o cenário das compras em sites estrangeiros terá ajustes significativos, impactando diretamente os consumidores brasileiros e as empresas envolvidas no comércio eletrônico internacional.

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