CPI da Braskem ouve especialistas que questionam laudos sobre problemas estruturais em Maceió e apontam responsabilidade da empresa

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os danos causados pela Braskem em Maceió ouviu nesta quarta-feira (24) o engenheiro Roberto Fernando dos Santos Faria, sócio da empresa Concrete. Em 2018, Faria apresentou um laudo que indicava não haver problemas estruturais nas casas avaliadas na região, atribuindo eventuais rachaduras à falta de cuidado dos moradores. Além disso, o colegiado também ouviu Marcelo Sousa de Assumpção, autor de um estudo que questionava os parâmetros utilizados pela Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) na década de 1980, quando apontou a instabilidade do terreno na região.

Para o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), os laudos apresentados são mais uma tentativa de omitir a responsabilidade da Braskem nos danos causados em Maceió. A empresa tem sido alvo de diversas investigações e denúncias por conta dos impactos ambientais e sociais decorrentes de suas atividades na região.

A CPI tem revelado uma série de irregularidades e negligências por parte da empresa, que teria conhecimento dos riscos associados às suas operações e não agiu para evitá-los. Os depoimentos de Faria e Assumpção evidenciaram a complexidade do caso e levantaram questões sobre a conduta da Braskem diante da gravidade da situação.

Os moradores de Maceió seguem sofrendo com os prejuízos causados pelas atividades da empresa, que até o momento não se pronunciou sobre as denúncias apresentadas na CPI. A sociedade civil e as autoridades locais estão em alerta e cobrando medidas concretas para reparar os danos causados e evitar que situações semelhantes voltem a ocorrer no futuro. A investigação segue em curso e novos depoimentos e documentos serão analisados para esclarecer a responsabilidade da Braskem nos problemas enfrentados pela população de Maceió.

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