O presidente Marcelo Rebelo de Sousa recebeu os homólogos dos países africanos que conquistaram a independência após a Revolução. Recentes declarações do presidente português sobre possíveis reparações devido ao período colonial geraram polêmica, com críticas por parte do novo governo de direita.
As comemorações dos 50 anos da revolução acontecem em um cenário político marcado pelo avanço da extrema-direita em Portugal, com o partido Chega se tornando a terceira maior força política do país.
A Revolução dos Cravos foi um marco importante na história de Portugal, sendo considerada por 65% dos entrevistados como o acontecimento mais relevante do país. Anos de ditadura militar e repressão foram encerrados em questão de horas, com a população mostrando seu apoio ao golpe que levou à queda do regime autoritário.
O símbolo da revolução, o cravo vermelho, tem origem em uma cena emblemática em que uma garçonete distribuiu cravos vermelhos nas ruas durante o movimento, que culminou na democratização do país. O período revolucionário terminou em 1975, após quase uma década de combates em colônias africanas controladas por Portugal.
A revolução transformou Portugal, que era um país pobre, atrasado e isolado do resto do mundo, em uma nação democrática e plural. A influência de figuras como o economista Antonio Salazar e o presidente Marcelo Caetano deixou marcas profundas na história do país. O processo de redemocratização e a elaboração da atual Carta Magna de Portugal foram marcos posteriores à Revolução dos Cravos.
Assim, o aniversário de 50 anos da Revolução dos Cravos é uma oportunidade para refletir sobre a importância desse evento na história de Portugal e no legado deixado para as futuras gerações.
