Os manifestantes bloquearam a entrada do prestigiado Instituto de Ciências Políticas com materiais de construção e caixotes de lixo, e permaneceram acampados no local. Com kufiyas na cabeça e bandeiras palestinas, os estudantes reivindicavam o repúdio às ações israelenses em Gaza e o fim da colaboração com instituições que contribuem para a opressão do povo palestino.
Assim como nos Estados Unidos, o comitê Palestina do Instituto pediu o fim da repressão das vozes pró-palestinas no campus e a denúncia efetiva das ações de Israel. A direção do centro foi convocada para uma reunião com representantes dos estudantes, mas não foram divulgados detalhes sobre o resultado do encontro.
O movimento estudantil na França coincide com os crescentes protestos pró-Palestina nas universidades americanas, que já resultaram na prisão de mais de 400 pessoas e ameaças de expulsão de alunos. Alguns estabelecimentos suspenderam aulas presenciais e adotaram medidas para evitar distúrbios, como fragmentar a tradicional cerimônia de formatura em várias subcerimônias menores.
No entanto, o clima de tensão persiste, com pressão por um cessar-fogo em Gaza e medidas das reitorias para cortar laços com empresas que apoiam a guerra de Israel na região. O presidente do Conselho Representativo das Instituições Judaicas de França (Crif) classificou a mobilização como “perigosa”, mas reconheceu que não é “massiva”. A situação permanece delicada e em constante evolução, com protestos estudantis cada vez mais frequentes e intensos.