Entre 1985 e 2022, o impacto do garimpo aumentou de forma expressiva, especialmente nas terras indígenas, com um crescimento de 361% entre 2016 e 2022. O avanço do garimpo nas terras indígenas foi ainda mais acentuado, com um crescimento de 16 vezes nas áreas invadidas nesses locais.
O estudo ressalta que o impacto da mineração vai além das áreas ocupadas, afetando os rios que atravessam as reservas e atingindo diretamente a saúde indígena. A contaminação por mercúrio presente nas atividades garimpeiras tem consequências graves para a fauna, flora e populações locais.
Os pesquisadores também destacam a importância de rever a legislação minerária e fortalecer a legislação indigenista como forma de proteger as terras indígenas e os povos originários da região. O estudo aponta para a necessidade de medidas que garantam a desintrusão das terras indígenas e a demarcação adequada dos territórios para evitar novas invasões e impactos negativos.
Diante dos dados alarmantes apresentados pelo estudo, é fundamental repensar as políticas e práticas que têm favorecido o avanço do garimpo na região e buscar soluções sustentáveis que protejam a biodiversidade e as comunidades locais da Amazônia.