O caso dos desaparecimentos ocorreu em 21 de outubro e até o momento não há uma quantidade exata de desaparecidos confirmada. Alguns relatos falam em 37 pessoas desaparecidas, enquanto outros indicam números entre 40 e 43 indivíduos. As autoridades venezuelanas não se pronunciaram sobre o incidente, deixando os familiares em uma angústia contínua.
O trajeto que esses migrantes estavam fazendo, de 150 km em uma lancha de San Andrés até Corn Island, na Nicarágua, surgiu como uma alternativa para evitar a perigosa travessia a pé pela selva do Darién. Esse corredor de 266 km entre a Colômbia e o Panamá, controlado por quadrilhas criminosas, representa graves riscos devido à topografia acidentada.
Creulbys Guerra, um dos familiares dos desaparecidos, expressou sua angústia em um discurso emocionado. Ele pede que o presidente Nicolás Maduro intervenha e ajude a abrir caminho para uma investigação conjunta, que poderá percorrer países como Nicarágua, Honduras, Guatemala e México em busca de respostas.
Até o momento, a situação permanece sem respostas das autoridades colombianas e venezuelanas. Os familiares seguem na busca incansável pelos seus entes queridos desaparecidos, enquanto estão sendo acompanhados por membros do grupo Esperança de Mãe, que também denuncia desaparecimentos na fronteira entre Venezuela e Colômbia desde 2019.
A saga desses venezuelanos desaparecidos reflete a dura realidade de milhões de migrantes que fogem da crise que assola a Venezuela. Com a rota para os Estados Unidos passando pela América Central se tornando cada vez mais atrativa, a preocupação e a incerteza dos familiares desses desaparecidos crescem a cada dia. A esperança é que, com a pressão e mobilização da sociedade civil e consequente intervenção das autoridades competentes, esses venezuelanos desaparecidos possam ser encontrados e retornem em segurança para suas famílias.
