Mãe e filha vivem há três meses em McDonald’s e delegada afirma: ‘questão social, não criminosa’

Na tarde de quinta-feira, uma cena inusitada chamou a atenção dos moradores e frequentadores do Leblon, bairro nobre da Zona Sul do Rio de Janeiro. Susane Paula Muratoni Geremia, de 64 anos, e Bruna Muratori Geremia, de 31 anos, foram flagradas passando o dia e a noite em um fast food da rede McDonald’s, na Avenida Ataulfo de Paiva. A situação intrigante gerou curiosidade nas redes sociais e também na delegacia do bairro.

A delegada Thaianne Barbosa de Moraes Pessoa, responsável pela 14ª Delegacia do Leblon, afirmou que não se trata de uma situação criminosa, mas sim de uma questão social. Apesar das denúncias anônimas recebidas nas últimas semanas, a delegada explicou que a permanência das duas mulheres no estabelecimento, consumindo produtos e utilizando o espaço durante o horário de funcionamento, não configura crime.

De acordo com informações apuradas, Susane e Bruna estariam vivendo temporariamente na lanchonete devido a dificuldades financeiras. Alegam que passam apenas algumas horas no local, dormindo em hotéis próximos. A situação teria começado quando as duas foram obrigadas a sair de um apartamento alugado em Copacabana.

A presença constante das mulheres no McDonald’s chamou a atenção da polícia e de curiosos, que se aglomeraram ao redor do estabelecimento para observá-las. Até mesmo um músico se posicionou na calçada para tocar violão e pedir doações. No entanto, a movimentação acabou incomodando Bruna, que chamou a polícia para intervir.

Diante da situação, a Secretaria Municipal de Assistência Social afirmou que ofereceu abrigo às mulheres em mais de uma ocasião, mas elas recusaram alegando não precisar de ajuda. A delegada Thaianne reforçou que não é possível criminalizar questões sociais sem elementos que configurem um crime propriamente dito.

Enquanto isso, a rede McDonald’s ainda não se manifestou sobre a presença das duas mulheres em suas dependências. A população local se divide entre curiosidade, solidariedade e incerteza, torcendo para que Susane e Bruna encontrem uma solução para suas questões financeiras e possam retomar uma vida normal. A polícia militar local afirmou que as mulheres não representam ameaça e espera que a situação seja resolvida da melhor forma possível.

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