O caso chamou a atenção dos investigadores quando cinco pessoas compartilharam cepas altamente semelhantes do HIV, sendo que quatro delas haviam passado pelo procedimento de micropuncionamento de plasma rico em plaquetas no spa. O quinto indivíduo, um homem, teve contato sexual com uma das mulheres infectadas.
A origem precisa da contaminação ainda não foi identificada, mas a investigação revelou que o spa não seguia práticas adequadas de higiene e segurança. Tubos de sangue sem rótulo foram encontrados, além de seringas não embaladas e equipamentos descartáveis sendo reutilizados, o que vai contra as normas de controle de infecções.
O procedimento de “Vampire Facial” consiste em retirar o sangue do paciente, separar o plasma rico em plaquetas e perfurar a pele com agulhas para estimular a produção de elastina e colágeno. Esse método é promovido para reduzir sinais de envelhecimento, cicatrizes de acne e danos causados pelo sol, mas seu uso inadequado pode levar a consequências graves, como a transmissão do HIV.
O spa em questão foi fechado após a identificação da primeira infecção, em 2018. Os investigadores levantaram uma lista de 59 clientes que estavam em risco de infecção, e medidas foram tomadas para rastrear e informar as pessoas que poderiam ter sido expostas ao vírus.
O relatório também destaca a importância de procurar profissionais licenciados e certificados para realizar procedimentos cosméticos, garantindo assim a segurança e integridade dos pacientes. A licença é um ponto crucial na prevenção de incidentes como esse, e os cuidados devidos devem ser tomados durante qualquer intervenção estética para evitar riscos à saúde.