A entrada da PF no caso foi determinada pelo ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Manoel Carlos de Almeida Neto, após uma reunião com a parlamentar. Em um ofício, Almeida Neto mencionou a “suposta prática dos crimes de violação de domicílio e registro não autorizado de intimidade, cometidos contra a deputada no exercício de seu mandato e atividade política”.
As câmeras foram descobertas por assessores da deputada em um apartamento alugado por ela na Asa Norte, em agosto do ano passado. Além das quatro câmeras espiãs, também foram encontrados microfones, cabos de internet, um aparelho gravador DVR e um modem. A PF informou que conseguiu extrair 164.325 registros audiovisuais do dispositivo.
Durante as investigações preliminares, foram realizados laudos e exames periciais, além de identificações e depoimentos de pessoas envolvidas. Após cerca de oito meses, a perícia realizada no gravador DVR confirmou que as câmeras estavam funcionando normalmente, porém não ficou claro se as imagens foram acessadas remotamente. A Polícia Federal concentrará sua atenção no gravador das imagens encontrado no apartamento.
As autoridades estão empenhadas em esclarecer os motivos por trás da instalação dessas câmeras escondidas no apartamento da deputada e garantir que a privacidade e segurança de Dayany Bittencourt sejam preservadas. A investigação seguirá seu curso para determinar os responsáveis por esse ato ilegal e garantir a punição adequada conforme a lei.
