As manifestações ocorreram em mais de 30 universidades, com os estudantes montando acampamentos como forma de protesto. No entanto, as denúncias de antissemitismo surgiram durante os atos, o que levantou críticas de políticos de ambos os partidos e organizações da comunidade judaica. Os líderes dos protestos negaram qualquer teor antissemita, mas alunos judeus em algumas universidades relataram se sentirem intimidados.
Os protestos pró-Palestina nas universidades americanas começaram no final de março e ganharam força em abril. Manifestações foram realizadas em universidades renomadas como Harvard, Yale, Princeton e MIT, com agendas comuns pedindo o fim da guerra em Gaza e um cessar-fogo imediato entre Israel e Hamas.
Os estudantes exigem que suas universidades condenem a situação em Gaza e retirem investimentos de empresas que lucram com o conflito. Além disso, em algumas instituições, os manifestantes pedem o rompimento de laços e programas com universidades israelenses.
Embora haja acusações de antissemitismo durante os protestos, grupos pró-Palestina afirmam que o movimento visa apenas a solidariedade com os palestinos e a condenação das ações do governo israelense. Autoridades como o presidente Joe Biden e o secretário de Estado Antony Blinken defenderam a liberdade de expressão, enquanto o ex-presidente Donald Trump condenou fortemente os protestos e Netanyahu, primeiro ministro de Israel, classificou as manifestações como “horríveis”.
A controvérsia sobre os protestos continua, com estudantes judeus participando de alguns atos, enquanto outros se sentem intimidados e não comparecem aos campi. O debate se aprofunda com questionamentos sobre o antissemitismo e o antissionismo, com diferentes visões sendo apresentadas por grupos envolvidos nos protestos.