Chuvas torrenciais deixam mais de 110 mil desabrigados e causam prejuízos milionários no Sul da China em abril.

As chuvas torrenciais que atingiram o Sul da China nos últimos dias de abril causaram estragos significativos, levando mais de 110 mil pessoas a deixarem suas casas na província de Guangdong e resultando em inundações em diversas cidades da região. De acordo com a agência de notícias oficial chinesa Xinhua, o acumulado de chuvas já ultrapassa em mais que o dobro a média esperada para o mês de abril na região.

O Delta do Rio das Pérolas foi uma das áreas mais afetadas nos últimos cinco dias, com perdas econômicas estimadas em cerca de US$ 20 milhões, conforme relatado pelo jornal People’s Daily. Normalmente, a estação das chuvas em Guangdong inicia em maio ou junho, no entanto, este ano as tempestades não apenas chegaram antes, como também se intensificaram.

A região, conhecida por sua produção de arroz, sofreu com o alagamento de plantações inteiras, resultando em perdas significativas. Em Qingyuan, por exemplo, a água nas ruas atingiu quase dois metros de altura, enquanto outras cidades como Cantão, Xaoguan, Zhaoging e Jiangmen também foram afetadas pelas inundações.

Apesar dos transtornos causados pelas chuvas, as fábricas da região responsáveis pelo suprimento de grandes empresas como Samsung, Apple, Huawei e Tesla continuaram suas operações normalmente. A situação na China reflete um cenário mais amplo de extremos climáticos na Ásia, conforme destacado pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM) em seu relatório recente.

A OMM ressaltou que as mudanças climáticas têm provocado consequências cada vez mais severas em toda a região, tornando a sociedade mais vulnerável aos eventos climáticos extremos. O excesso de energia acumulado na atmosfera e nos oceanos, proveniente das emissões de gases de efeito estufa associadas às atividades humanas, é apontado como um dos principais fatores influenciadores desses eventos climáticos extremos.

Diante desse cenário, medidas de mitigação e adaptação se tornam cada vez mais urgentes para minimizar os impactos das mudanças climáticas na região e promover a resiliência das comunidades afetadas.

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