O Delta do Rio das Pérolas foi uma das áreas mais afetadas nos últimos cinco dias, com perdas econômicas estimadas em cerca de US$ 20 milhões, conforme relatado pelo jornal People’s Daily. Normalmente, a estação das chuvas em Guangdong inicia em maio ou junho, no entanto, este ano as tempestades não apenas chegaram antes, como também se intensificaram.
A região, conhecida por sua produção de arroz, sofreu com o alagamento de plantações inteiras, resultando em perdas significativas. Em Qingyuan, por exemplo, a água nas ruas atingiu quase dois metros de altura, enquanto outras cidades como Cantão, Xaoguan, Zhaoging e Jiangmen também foram afetadas pelas inundações.
Apesar dos transtornos causados pelas chuvas, as fábricas da região responsáveis pelo suprimento de grandes empresas como Samsung, Apple, Huawei e Tesla continuaram suas operações normalmente. A situação na China reflete um cenário mais amplo de extremos climáticos na Ásia, conforme destacado pela Organização Mundial de Meteorologia (OMM) em seu relatório recente.
A OMM ressaltou que as mudanças climáticas têm provocado consequências cada vez mais severas em toda a região, tornando a sociedade mais vulnerável aos eventos climáticos extremos. O excesso de energia acumulado na atmosfera e nos oceanos, proveniente das emissões de gases de efeito estufa associadas às atividades humanas, é apontado como um dos principais fatores influenciadores desses eventos climáticos extremos.
Diante desse cenário, medidas de mitigação e adaptação se tornam cada vez mais urgentes para minimizar os impactos das mudanças climáticas na região e promover a resiliência das comunidades afetadas.