Os grupos jihadistas têm recorrido cada vez mais às minas terrestres em rodovias para atacar civis e soldados, tornando as estradas uma verdadeira armadilha mortal. Os milicianos, que estavam escoltando um comboio civil de Gaboru para Maiduguri, tiveram que lidar com as consequências devastadoras da mina.
Segundo Shehu Mada, líder de uma milícia antijihadista em Gamboru, as rodas traseiras do veículo atingido pela explosão resultante da mina causaram a morte de onze pessoas que estavam a bordo, enquanto duas sobreviveram, mas ficaram feridas. Essas tragédias são parte de um cenário mais amplo de violência e conflito na região.
A insurgência islamista na Nigéria tem perdido intensidade nos últimos meses devido às operações militares em andamento. No entanto, a presença de grupos como Boko Haram e o Estado Islâmico da África Ocidental ainda representa uma ameaça constante para a população local.
A rodovia que liga Gamboru a Maiduguri é de extrema importância estratégica para a região, uma vez que facilita o comércio e as relações com Camarões. Apesar de ter sido reaberta em 2016 após dois anos fechada devido aos ataques jihadistas, as emboscadas esporádicas e o uso de minas continuam sendo uma realidade para quem transita por essa via.
O conflito que assola o nordeste da Nigéria desde 2009 já ceifou a vida de 40.000 pessoas e deixou dois milhões de deslocados, significando uma crise humanitária de grandes proporções. É crucial que a comunidade internacional se mobilize para encontrar soluções pacíficas e duradouras para essa região marcada pela violência e instabilidade.
