Cristina Kirchner acusa presidente argentino de sacrificar o povo em busca de déficit zero, mas Milei rebate acusação de deixar país destruído.

A ex-presidente da Argentina, Cristina Kirchner, voltou aos holofotes políticos com fortes críticas ao atual presidente, Javier Milei. Em um comício lotado, a peronista, que governou o país entre 2007 e 2015 e foi vice-presidente de Alberto Fernández, de 2019 a 2023, acusou o governo ultraliberal de Milei de submeter o povo a um “sacrifício inútil” em busca de um déficit fiscal zero.

Durante a inauguração de um microestádio em Quilmes, nos arredores de Buenos Aires, que leva o nome de seu falecido marido, Néstor Kirchner, Cristina fez duras críticas ao governo de Milei. Ela questionou a viabilidade do superávit financeiro registrado pela Argentina no primeiro trimestre, afirmando que ele “não tem fundamento”.

Milei, por sua vez, celebrou o superávit como um “feito histórico”. No entanto, Cristina Kirchner afirmou que as medidas econômicas do atual governo não têm um plano de estabilização, mas sim um plano de ajuste que tem causado fome, desemprego e dificuldades para o povo argentino.

O presidente Milei, um economista que defende dois anos de sacrifício para reativar a economia do país, reagiu rapidamente às críticas de Kirchner, culpando o kirchnerismo por deixar um país “destruído”. Em suas redes sociais, Milei afirmou que o resultado é um país com 60% de pessoas pobres e questionou se as medidas adotadas pelo atual governo servirão para reconstruir o país.

Diante do cenário de inflação em 290% ao ano e de metade da população vivendo na pobreza, a Argentina enfrenta um momento delicado. Enquanto Cristina Kirchner e Javier Milei trocam acusações, a população argentina sofre as consequências de políticas econômicas divergentes e busca por respostas para a crise que assola o país.

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