De acordo com o diretor de Competições da CBF, Júlio Avellar, o aumento do mercado de apostas sem regulamentação adequada representa uma ameaça à honestidade do esporte e à economia popular. Avellar enfatizou a parceria da CBF com a Fifa e a Conmebol no combate à manipulação de resultados, além de destacar a presença de um escritório permanente da entidade na Fifa para monitorar questões relacionadas ao futebol em escala global.
A CBF vem implementando mais de 100 iniciativas para profissionalizar o futebol brasileiro e se consolidar como referência mundial no combate à manipulação de resultados. Segundo Avellar, a colaboração com a Polícia Federal em casos suspeitos e a redução no número de ocorrências de manipulação evidenciam os esforços da entidade em promover a transparência e a honestidade nas competições.
Além disso, a CBF defendeu a adesão do Brasil à Convenção de Macolin, principal instrumento internacional de combate à manipulação de resultados esportivos. A assinatura dessa convenção é vista como fundamental para consolidar uma estratégia nacional eficaz no enfrentamento da corrupção no esporte.
Durante o depoimento, os representantes da CBF responderam a questionamentos dos senadores, abordando temas como o uso do VAR na identificação de suspeitas de manipulação, o convênio da entidade com a Sportradar para monitoramento, a colaboração com a Polícia Federal e a ausência de um documento de compliance específico para casas de apostas.
A presença da CBF na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas evidencia a preocupação da entidade em garantir a integridade e honestidade do futebol brasileiro, bem como seu compromisso em adotar medidas eficazes para combater práticas ilícitas e preservar a credibilidade das competições no país.