Realizada por uma equipe que incluiu pesquisadores dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), a pesquisa analisou 7.595 casos de SUID em 23 jurisdições dos Estados Unidos entre 2011 e 2020. Os resultados indicaram que três em cada cinco bebês estavam dividindo uma superfície para dormir no momento do óbito.
Os autores do estudo enfatizaram a importância do aconselhamento abrangente sobre sono seguro para cada família em cada encontro, além de apenas perguntar onde um bebê está dormindo. Eles afirmaram que é fundamental discutir as práticas de sono infantil durante as consultas pré-natais e de rotina para conscientizar os pais e orientá-los na tomada de decisões que possam reduzir o risco de SUID.
Além disso, o estudo observou que os bebês que compartilhavam a superfície para dormir e vieram a óbito apresentavam características distintas daqueles que não compartilhavam. Uma das principais conclusões foi que a maioria desses bebês era negra, dependia de assistência pública à saúde e tinha entre 0 e 3 meses de vida.
Outro dado alarmante apontado pela pesquisa é que pelo menos 76% de todos os casos de SUID envolviam múltiplos fatores de sono inseguros. Desde a posição de dormir até a presença de adultos sob efeito de drogas ou álcool no momento da morte, diversas variáveis estão associadas a essas ocorrências trágicas.
Diante desses resultados, a AAP reforçou a importância de colocar os bebês para dormir de costas, em uma superfície firme e plana, sem objetos macios ou roupas de cama soltas. A instituição alertou que os bebês não devem compartilhar a superfície de dormir com outra pessoa, visando reduzir o risco de SUID e promover um sono seguro para os bebês.