Um dos destaques do dia foi o índice de preços ao consumidor (CPI) da Alemanha, que registrou uma persistência da inflação no país, com uma variação de 2,2% em abril, mantendo-se estável em relação ao mês anterior. Esses números levantaram dúvidas sobre as próximas ações do BCE em relação às taxas de juros.
O mercado também reagiu ao índice de sentimento econômico da zona do euro, que decepcionou ao cair para 95,6 pontos em abril. O dirigente do BCE, Pierre Wunsch, destacou a necessidade de cautela diante do cenário econômico, especialmente em relação à inflação ainda elevada. Ele ponderou que um corte nos juros em junho não é algo garantido, mas afirmou que acredita em pelo menos dois cortes ao longo do ano.
Em Madri, o Ibex 35 fechou em queda de 0,48%, a 11.100,80 pontos, pressionado pela incerteza política no país. O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, afirmou que permanecerá no cargo “com ainda mais força”, após reflexões sobre sua permanência em meio a um caso de corrupção envolvendo sua esposa.
No cenário empresarial, a BHP sinalizou a possibilidade de melhorar sua oferta pela Anglo American, após ter uma proposta inicial de US$ 39 bilhões rejeitada na semana passada. Essas movimentações impactaram os mercados acionários, com destaque para o FTSE 100, que subiu 0,09% em Londres, enquanto o CAC 40 teve uma queda de 0,29% em Paris.
No geral, o cenário europeu se manteve em compasso de espera, aguardando novas indicações sobre as políticas econômicas e monetárias da região. O mercado continuará atento aos próximos passos do BCE e às movimentações das principais empresas do continente.