Segundo relatos do soldado Danilo Martins, que foi vítima das agressões, ele foi submetido a oito horas de agressões, humilhações e torturas enquanto participava do curso para avanço na sua carreira. As agressões foram tão severas que o soldado precisou ficar internado na UTI por seis dias para tratar os ferimentos.
Em entrevista à imprensa, Martins detalhou as atrocidades que sofreu, como cantar músicas degradantes, carregar troncos sobre a cabeça, realizar flexões em superfícies ásperas e receber golpes na cabeça, no tronco e nas mãos. Mesmo diante das intensas agressões, ele mostrou determinação em não desistir, o que resultou em uma escalada brutal nos atos violentos.
Após o episódio, o soldado afirmou que não pretende continuar na Polícia Militar, pois a brutalidade sofrida eliminou qualquer perspectiva de futuro na instituição. Hoje, Martins e sua família foram recebidos por deputados da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, que se comprometeram a cobrar das autoridades competentes a devida apuração e responsabilização dos envolvidos.
A Polícia Militar do Distrito Federal emitiu uma nota afirmando que não tolera desvios de conduta e que irá conduzir uma investigação criteriosa e imparcial sobre o caso, garantindo o devido processo legal e o direito à ampla defesa dos acusados.
O caso chocou a sociedade civil e levantou debates sobre a necessidade de garantir a integridade física e psicológica dos profissionais de segurança pública. A ocorrência desses atos de violência dentro de uma instituição que deveria zelar pela segurança da população demonstra a urgência de medidas enérgicas para coibir práticas abusivas e garantir a proteção dos direitos humanos.