Pedro Sánchez anuncia permanência como primeiro-ministro após ameaça de renúncia por campanha difamatória e de assédio

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, surpreendeu a todos nesta segunda-feira ao anunciar que permanecerá no cargo após ameaçar renunciar devido a uma campanha difamatória e de assédio contra ele e sua família. A incerteza sobre o futuro de Sánchez começou na semana passada, quando ele revelou que tiraria alguns dias para refletir sobre a renúncia, após acusações de corrupção contra sua esposa, Begoña Gómez.

Em uma mensagem emocionada ao país no Palácio da Moncloa, o líder socialista assegurou que continuará com ainda mais força e firmeza, comprometendo-se a trabalhar incansavelmente pela regeneração democrática que ele acredita ser necessária. Sánchez, que está no governo espanhol desde 2018, agradeceu o apoio recebido nas manifestações realizadas em diferentes regiões da Espanha no fim de semana, as quais, segundo ele, influenciaram sua decisão de permanecer no cargo.

O premier destacou a importância da mobilização da sociedade em prol da dignidade e do bom senso para frear a política da vergonha que, segundo ele, tem prevalecido na Espanha por muito tempo. Ele ressaltou que a decisão de continuar à frente do governo não diz respeito apenas a ele, mas sim ao tipo de sociedade que desejam construir.

Ao encerrar sua mensagem, Sánchez refletiu sobre a necessidade de reverter a atual situação política do país e convidou a maioria social a se unir em busca de um caminho mais digno para a democracia espanhola. Com isso, ele afastou a possibilidade de convocar novas eleições, garantindo estabilidade ao governo durante um período conturbado.

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