Portugal adota postura “madura e equilibrada” em relação ao passado colonial, afirma ministro de Negócios Estrangeiros.

Portugal demonstrou ter uma postura “madura e equilibrada” em relação ao seu passado colonial, de acordo com declarações do ministro de Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, feitas nesta segunda-feira (29). O tema das reparações coloniais foi trazido à tona na semana passada pelo presidente da República portuguesa, Marcelo Rebelo de Sousa.

Em suas declarações, o ministro Rangel ressaltou que o governo português possui uma visão ponderada e alinhada com administrações anteriores em relação às ex-colônias e ao passado colonial do país. Ele afirmou que todos os debates são válidos, mas que diversas interpretações podem surgir a partir deles.

A menção às possíveis indenizações coloniais foi feita pelo presidente Marcelo Rebelo de Sousa, que afirmou que Portugal assume total responsabilidade e está disposto a arcar com os custos resultantes desse passado. Suas declarações geraram reações em alguns setores da sociedade.

No entanto, o governo português emitiu um comunicado esclarecendo que não há nenhum processo em andamento relacionado a indenizações coloniais e que as relações com as ex-colônias são excelentes. Portugal teve um vasto império colonial que se estendeu por diversas regiões do mundo, incluindo América do Sul, África e Ásia.

Com a Revolução dos Cravos, em 1974, Portugal encerrou 13 anos de guerras coloniais e concedeu a independência a diversas ex-colônias africanas, como Angola e Moçambique. Esse evento marcou o fim do regime ditatorial que vigorava no país há quase cinco décadas.

Dessa forma, Portugal busca lidar de maneira madura e equilibrada com seu passado colonial, reconhecendo a importância de refletir sobre esses temas e manter relações positivas com suas ex-colônias. A postura adotada pelo governo reflete um posicionamento responsável diante da história e das repercussões do passado colonial português.

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