Prefeito cassado por compra de votos é eleito novamente em São Francisco de Assis, no Rio Grande do Sul, em eleições suplementares.

Na cidade de São Francisco de Assis, localizada no Rio Grande do Sul, as eleições suplementares realizadas no último domingo, dia 28, foram marcadas por reviravoltas e polêmicas. O ex-prefeito Paulo Renato Cortelini, conhecido como Gambá, foi eleito novamente pelo partido MDB, após ter seu mandato cassado em março por envolvimento em compra de votos nas eleições de 2020. Com uma votação expressiva de 5.490 votos, o equivalente a 53,22% do total, Cortelini venceu o adversário Ademar Frescura, do PP, que obteve 4.825 votos, o que representa 46,8% dos votos válidos.

A disputa eleitoral não se limitou apenas à escolha do prefeito, mas também envolveu a definição do vice-prefeito da cidade. Jeremias Izaguirre de Oliveira, que era o vice da chapa eleita há quatro anos, ficou inelegível devido ao processo de cassação do mandato. Dessa forma, o cargo de vice-prefeito será ocupado por Piruca, que integra a coligação MDB/PDT.

As eleições suplementares foram determinadas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devido às irregularidades detectadas nas eleições de 2020. O TSE revogou a multa aplicada a Cortelini na sentença que o afastou do cargo, alegando abuso de poder econômico e político. As investigações apontaram negociações ilícitas entre Oliveira e o ex-vereador Vasco Henrique Asambuja de Carvalho, também do MDB, resultando na distribuição de combustíveis, cestas básicas e outros bens aos eleitores em troca de votos.

Apesar das contestações da defesa, que alegou irregularidades na obtenção de provas, o TSE considerou as provas obtidas legalmente consistentes e capazes de comprovar as práticas irregulares. Com isso, a decisão do TSE resultou na convocação de novas eleições e na posse de Paulo Renato Cortelini como prefeito de São Francisco de Assis até o final deste ano.

Assim, a cidade gaúcha vive um momento de turbulência política, com a esperança de que a democracia seja restaurada e os eleitores possam confiar nos representantes eleitos com transparência e integridade.

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