Protestos pró-palestinos nos campi americanos ganham força após sete meses de guerra Israel x Hamas em Gaza.

Os Estados Unidos estão vivendo uma onda de protestos pró-palestinos em meio à guerra entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, que já dura quase sete meses. Os campus das universidades americanas têm sido palco dessas manifestações, que clamam não só pelo fim das hostilidades, mas também pelo rompimento de laços entre as instituições de ensino e o Estado de Israel, bem como com empresas que lucram com o conflito.

A Casa Branca inicialmente reconheceu o direito à livre manifestação e expressão, porém, no último domingo, os ativistas pró e contra o conflito entraram em confronto físico na Universidade da Califórnia, em Los Angeles. A polícia teve que intervir e acabou prendendo centenas de manifestantes, segundo o Washington Post.

A situação também se agravou em outras universidades, como na UCLA, onde um acampamento contra a guerra se instalou nos últimos dias. Enquanto o Conselho Americano-Israelita organizou um contra-protesto, alegando preocupação com o aumento do antissemitismo no país.

As tensões se intensificam conforme o número de vítimas do conflito aumenta, com Israel já tendo realizado uma escalada militar que resultou em milhares de mortos em Gaza. Os protestos continuam, com a ameaça de uma iminente invasão israelense em Rafah, na fronteira com o Egito, onde há grande concentração de palestinos.

A resposta do governo americano tem sido ambígua, com o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, destacando o respeito às manifestações, desde que sejam pacíficas. Porém, ele condenou veementemente qualquer discurso antissemita ou de ódio que esteja ocorrendo durante os protestos.

As universidades enfrentam o desafio de conciliar a liberdade de expressão com a necessidade de conter manifestações que possam incitar à violência ou ao ódio. Alunos judeus têm relatado incidentes de antissemitismo e confrontos físicos em algumas instituições, o que tem gerado preocupação nas reitorias.

Os protestos pró-palestinos têm se expandido para além das fronteiras dos Estados Unidos, com manifestações também sendo realizadas em instituições renomadas, como o Instituto de Estudos Políticos Sciences Po Paris. A pressão dos estudantes tem sido notável, levando as autoridades acadêmicas a buscarem maneiras de lidar com as mobilizações de forma adequada e respeitosa.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo