A Casa Branca inicialmente reconheceu o direito à livre manifestação e expressão, porém, no último domingo, os ativistas pró e contra o conflito entraram em confronto físico na Universidade da Califórnia, em Los Angeles. A polícia teve que intervir e acabou prendendo centenas de manifestantes, segundo o Washington Post.
A situação também se agravou em outras universidades, como na UCLA, onde um acampamento contra a guerra se instalou nos últimos dias. Enquanto o Conselho Americano-Israelita organizou um contra-protesto, alegando preocupação com o aumento do antissemitismo no país.
As tensões se intensificam conforme o número de vítimas do conflito aumenta, com Israel já tendo realizado uma escalada militar que resultou em milhares de mortos em Gaza. Os protestos continuam, com a ameaça de uma iminente invasão israelense em Rafah, na fronteira com o Egito, onde há grande concentração de palestinos.
A resposta do governo americano tem sido ambígua, com o porta-voz de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, destacando o respeito às manifestações, desde que sejam pacíficas. Porém, ele condenou veementemente qualquer discurso antissemita ou de ódio que esteja ocorrendo durante os protestos.
As universidades enfrentam o desafio de conciliar a liberdade de expressão com a necessidade de conter manifestações que possam incitar à violência ou ao ódio. Alunos judeus têm relatado incidentes de antissemitismo e confrontos físicos em algumas instituições, o que tem gerado preocupação nas reitorias.
Os protestos pró-palestinos têm se expandido para além das fronteiras dos Estados Unidos, com manifestações também sendo realizadas em instituições renomadas, como o Instituto de Estudos Políticos Sciences Po Paris. A pressão dos estudantes tem sido notável, levando as autoridades acadêmicas a buscarem maneiras de lidar com as mobilizações de forma adequada e respeitosa.