Segundo o Tesouro Nacional, o desempenho positivo de março superou as expectativas do mercado, que esperava um déficit de R$ 5,1 bilhões. No acumulado dos três primeiros meses do ano, o superávit primário alcançou R$ 19,431 bilhões, uma redução de 39,8% em relação ao mesmo período do ano anterior, ajustado pela inflação.
As receitas líquidas tiveram um aumento de 12,6% em valores nominais, representando uma alta de 8,3% descontando a inflação. Destaca-se o crescimento de 9,9% nas receitas administradas, com aumento significativo no Programa de Integração Social e Programa de Formação do Patrimônio do Servidor Público (PIS/Pasep) e na Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).
Além disso, a arrecadação do Imposto de Renda Retido na Fonte e do Imposto sobre Produtos Industrializados também contribuíram para o resultado positivo. As despesas totais, por outro lado, aumentaram 8,4% em valores nominais, sendo impulsionadas pelos gastos com saúde e despesas obrigatórias. A Previdência Social e o Benefício de Prestação Continuada tiveram aumento de gastos, enquanto os pagamentos para Abono e Seguro Desemprego foram reduzidos.
A meta fiscal estabelecida para o ano de 2024 prevê um déficit primário zero, com margem de tolerância de 0,25 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB) para cima ou para baixo. O governo estima bloquear despesas do orçamento e arrecadar receitas extras para cumprir essa meta ao longo do ano.