Unidades israelenses cometem graves violações dos direitos humanos contra palestinos na Cisjordânia, revela Departamento de Estado dos EUA.

Os Estados Unidos encontraram evidências de que cinco unidades israelenses cometeram graves violações dos direitos humanos contra os palestinos na Cisjordânia antes do ataque do Hamas em outubro. Segundo informações do Departamento de Estado divulgadas nesta segunda-feira (29), quatro dessas unidades tomaram medidas corretivas para corrigir as irregularidades, o que afastou a possibilidade de sanções por parte dos Estados Unidos. No entanto, está em curso uma consulta com o governo israelense sobre a quinta unidade.

De acordo com o porta-voz adjunto do Departamento de Estado, Vedant Patel, após um processo minucioso, foi descoberto que essas cinco unidades israelenses foram responsáveis por incidentes individuais de graves violações dos direitos humanos. Patel ressaltou que os comportamentos ocorreram antes do ataque do Hamas em outubro e não estão relacionados à situação em Gaza.

Embora Patel não tenha divulgado os nomes das unidades envolvidas, a imprensa aponta o batalhão “Netzah Yehuda”, formado principalmente por judeus ortodoxos, como responsável pelos abusos. A legislação dos Estados Unidos proíbe o financiamento ou o apoio a forças de segurança estrangeiras que estejam envolvidas em violações dos direitos humanos.

Atualmente, o Exército israelense enfrenta o grupo Hamas na Faixa de Gaza, além de confrontos com o grupo xiita Hezbollah na fronteira com o Líbano. A violência entre as partes se intensificou desde o ataque do Hamas em outubro, causando um grande número de vítimas civis. As negociações entre Israel e o Hamas ainda não resultaram em um acordo de cessar-fogo, prejudicando a população em meio à crise humanitária em Gaza.

Em meio a esse contexto tenso, as relações entre os Estados Unidos, Israel e os grupos palestinos continuam a enfrentar desafios, com a comunidade internacional acompanhando de perto os desdobramentos desse conflito complexo.

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