Essa situação se desencadeou a partir da detenção de Rasoulof em julho de 2022, sendo posteriormente libertado no final de 2023, após os protestos antigovernamentais que começaram em setembro de 2022 perderem força gradualmente. O advogado Paknia informou que alguns membros da equipe e atores foram interrogados recentemente e que alguns intérpretes tiveram a saída do país proibida.
Os interrogatórios visam pressionar a equipe do filme a solicitar a retirada do longa da competição do Festival de Cannes. A incerteza paira sobre a possibilidade de Rasoulof comparecer ao evento, que ocorre de 14 a 25 de maio na cidade francesa. O tema do filme e os detalhes sobre o elenco permanecem em sigilo, adicionando um ar de mistério a essa situação.
Participar do Festival de Cannes tem se tornado cada vez mais difícil para diretores e atores iranianos nos últimos anos, com casos como o de Saeed Roustaee, condenado a seis meses de prisão em 2022 por projetar seu filme sem autorização. Além disso, a protagonista Taraneh Alidoosti enfrentou consequências por seu apoio a movimentos de protesto.
As autoridades iranianas continuam usando medidas repressivas para controlar a produção cinematográfica no país, elevando a tensão em torno da presença do filme de Rasoulof no prestigioso Festival de Cannes. A situação segue em desenvolvimento, com a expectativa de desfechos que podem impactar a liberdade artística no Irã.