Condições de detenção “inaceitáveis” para imigrantes e crianças em aeroporto perto de Londres são criticadas pelo chefe das prisões.

O aeroporto de Luton, localizado próximo a Londres, está enfrentando duras críticas em relação às condições de detenção de imigrantes, principalmente crianças. O inspetor-chefe das prisões britânicas, Charlie Taylor, descreveu as condições como “inaceitáveis” em um relatório divulgado recentemente.

Segundo Taylor, as salas de detenção no aeroporto estão superlotadas, com crianças dividindo o espaço com adultos que não são seus parentes. Taylor ressaltou a incapacidade do aeroporto de lidar com a demanda atual e a preocupação com a situação das crianças nessas instalações.

Essas críticas surgem em um contexto em que o governo do primeiro-ministro Rishi Sunak tem priorizado o combate à imigração ilegal. Recentemente, o Parlamento aprovou uma lei controversa que permite o envio de imigrantes sem documentos para Ruanda.

Os centros de detenção nos aeroportos britânicos são locais onde os imigrantes são mantidos após chegarem de avião ou serem transferidos de outras instalações. Entre junho e novembro de 2023, mais de 17.400 imigrantes foram levados para esses centros, sendo que quase três mil deles foram enviados para o centro de detenção de Luton.

Taylor enfatizou a urgência do Ministério do Interior em encontrar uma solução para as condições inadequadas em Luton. Segundo ele, os imigrantes permanecem por um tempo demasiado longo em instalações que não são adequadas para estadias prolongadas.

Mais de 600 pessoas, incluindo seis crianças, ficaram detidas por mais de 24 horas em Luton, o que levanta preocupações sobre os direitos humanos e a dignidade dos detentos. O Ministério do Interior afirmou que está trabalhando para garantir que a detenção nas instalações seja o mais breve possível.

A situação em Luton reflete o desafio que o governo britânico enfrenta para lidar com a questão da imigração ilegal e as condições de detenção dos imigrantes que chegam ao país. É fundamental que sejam tomadas medidas eficazes para garantir o respeito aos direitos e à dignidade dessas pessoas, especialmente das crianças que estão em situações vulneráveis.

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