Em abril do ano passado, a DPF havia ultrapassado os R$ 6 trilhões pela primeira vez, e desde então tem mantido uma trajetória de crescimento. No entanto, apesar desse aumento em março, a DPF ainda está abaixo do previsto no Plano Anual de Financiamento (PAF) divulgado no fim de fevereiro, que estima que a dívida encerre 2024 entre R$ 7 trilhões e R$ 7,4 trilhões.
A Dívida Pública Mobiliária interna (DPMFi) também registrou alta, atingindo R$ 6,362 trilhões em março, um aumento de 0,67% em relação a fevereiro. O Tesouro resgatou mais títulos do que emitiu no mês passado, porém a dívida total foi elevada devido aos juros acumulados.
Os investidores seguem mostrando interesse nos títulos corrigidos pela Selic, mas a emissão de títulos prefixados tem ganhado espaço na composição da dívida, refletindo a expectativa de queda da taxa de juros. No entanto, eventuais instabilidades no mercado financeiro podem comprometer essas emissões, já que os títulos prefixados são mais demandados em momentos de estabilidade econômica.
O prazo médio da DPF subiu para 4,11 anos, indicando confiança dos investidores na capacidade do governo de honrar os compromissos. As instituições financeiras seguem como os principais detentores da dívida, mas a participação de não residentes estrangeiros aumentou para 10,2% em março.
Com o alto volume de vencimentos nos próximos meses e a previsão de novas captações, a DPF continuará sendo um tema importante a ser acompanhado, refletindo a situação financeira do governo e as perspectivas econômicas do país.
