Estudantes ocupam campus da Columbia em protesto contra autoridades: clima de tensão aumenta e acesso à biblioteca é restrito.

No coração de Nova York, a prestigiada Universidade de Columbia se tornou palco de protestos intensos que ecoam a situação tensa na Faixa de Gaza, a mais de 9 mil quilômetros de distância. Estudantes ocupam o campus e enfrentam as autoridades da instituição em uma batalha pela liberdade da Palestina.

O clima no campus de Columbia é de tensão e incerteza, com uma bandeira com os dizeres “Palestina Livre” sendo pendurada em uma das janelas da universidade. As autoridades restringiram fortemente o acesso ao local, onde uma pequena presença policial se fazia presente.

A estudante Tina Deng, de 25 anos, relata que não possui uma opinião formada sobre o protesto, mas culpa as autoridades universitárias pelo aumento da tensão após a intervenção policial e a prisão de manifestantes no dia 18. Ela aponta para os transtornos causados aos estudantes, impossibilitados de acessar o restaurante universitário e a biblioteca.

Os jardins de Columbia, normalmente cheios de estudantes, pareciam vazios e tensos, com alguns poucos alunos presentes. Um pequeno grupo ocupou o prédio administrativo ao amanhecer, em resposta à suspensão de estudantes que não respeitaram a ordem de remover o acampamento montado nos jardins.

Os manifestantes têm como demandas o fim do conflito na Faixa de Gaza, o fim da ocupação israelense dos territórios palestinos, o rompimento dos laços da universidade com Israel e o retorno dos centenas de estudantes suspensos.

Diante da situação tensa e polarizada, as autoridades de Columbia e diversos políticos, em especial os republicanos, acusam os manifestantes de antissemitismo. A universidade ameaça expulsar os alunos envolvidos no protesto, enquanto estes convocam seus simpatizantes a tomarem o campus como resposta à instituição que, segundo eles, não segue normas éticas.

A inquietação e a incerteza pairam sobre o campus de Columbia, refletindo um conflito distante que agora impacta diretamente a vida acadêmica e social dos estudantes. O palco dos protestos agora é Nova York, mas o coração do conflito está muito além das fronteiras americanas.

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