Em comunicado nas redes sociais, o ministro Silvio de Almeida expressou sua preocupação com o caso, afirmando que a ação policial desrespeitou a Constituição Federal ao entrar no edifício sem autorização judicial, resultando em atos violentos contra os residentes. Almeida determinou à ouvidora nacional de Direitos Humanos, Luzia Cantal, que acompanhe de perto o caso e tome providências para a correta apuração dos procedimentos adotados pelos oficiais envolvidos na ação.
Serigne Mbaye, também conhecido como Talla, perdeu a vida ao cair do sexto andar de um prédio durante a ação policial, na qual os policiais adentraram a construção sem a devida autorização judicial. Testemunhas senegalesas afirmam que Mbaye tentou fugir para a janela ao perceber a presença dos policiais. O caso gerou protestos e manifestações na região por parte da comunidade senegalesa, que denuncia perseguições recorrentes e solicita investigação e punição dos policiais envolvidos na morte de Mbaye.
A SSP informou que os policiais estavam patrulhando na região da rua Guaianases quando identificaram um prédio onde supostamente ocorria o comércio de celulares roubados. Durante a diligência, um homem foi detido com diversos celulares, sendo apreendidos 44 aparelhos e oito dispositivos eletrônicos. Um segundo homem tentou fugir e acabou falecendo após a queda ao pular pela marquise do prédio. O caso foi registrado como receptação, desobediência e morte acidental no 2° DP (Bom Retiro).
A morte de Serigne Mbaye levanta questões sobre a conduta policial e a importância da garantia dos direitos humanos, gerando clamores por justiça e proteção da comunidade imigrante na região central de São Paulo. É fundamental que as investigações sejam conduzidas de forma transparente e imparcial, assegurando a responsabilização dos agentes envolvidos e prevenindo futuros episódios de violência e discriminação.