Segundo a nota técnica divulgada, o modelo inicial considera apenas o histórico de desmatamento sem levar em conta outros fatores relevantes. Nesse cenário, a previsão indica um aumento de 35% no desmatamento. No entanto, ao adicionar variáveis econômicas como os preços das commodities e as taxas de câmbio, a perspectiva muda, refletindo a influência desses elementos na preservação ambiental.
O economista sênior do Banco Mundial, Cornelius Fleischhaker, explicou de forma simples a metodologia utilizada, destacando a importância de considerar não apenas o passado, mas também as projeções futuras. A coautora do estudo, pesquisadora Rafaella Silvestrini, ressaltou o aumento do desmatamento em regiões específicas, como o sul do Amazonas e a região da Amacro.
Uma das soluções apontadas para conciliar o crescimento econômico com a proteção florestal é o aproveitamento de terras subutilizadas e improdutivas. Segundo Fleischhaker, as ações econômicas distantes das florestas também impactam diretamente no desmatamento, evidenciando a complexa relação entre economia e meio ambiente.
Com a utilização de tecnologia avançada e análises aprofundadas, a plataforma desenvolvida pelo Ipam e pelo Banco Mundial se apresenta como uma ferramenta essencial para orientar políticas de proteção às florestas e promover a sustentabilidade na região amazônica. A previsão detalhada dos riscos de desmatamento oferece uma visão estratégica para lidar com os desafios ambientais e econômicos, visando a preservação dos recursos naturais para as futuras gerações.