Possível reconhecimento de Estado palestino por países da UE pode impulsionar solução de dois Estados em Israel e Palestina, dizem analistas.

No mês de maio, vários países da União Europeia (UE) estão previstos para reconhecer o Estado palestino, o que pode representar um avanço significativo na resolução do conflito entre Israel e Palestina, de acordo com analistas políticos. Países como Espanha, Irlanda, Bélgica, Eslovênia e Malta devem anunciar seu reconhecimento unilateral do Estado palestino, segundo Josep Borrell, chefe da diplomacia da UE.

Embora seja um gesto principalmente simbólico neste momento, o reconhecimento do Estado palestino por esses países europeus pode pressionar Israel a também reconhecer a existência desse Estado, como afirma Agnès Levallois, do Instituto de Pesquisa e Estudos sobre o Mediterrâneo e o Oriente Médio. No entanto, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, historicamente se opõe à ideia de um Estado palestino, o que vai contra o consenso de que essa seria a única solução a longo prazo para o conflito na região.

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O movimento de reconhecimento do Estado palestino por parte da UE pode fortalecer a posição da Autoridade Palestina e enfraquecer o Hamas, segundo Hasni Abidi, do Centro de Estudos e Pesquisas do Mundo Árabe e Mediterrâneo. Essa iniciativa pode impulsionar a voz da UE e contribuir para um debate que foi marginalizado recentemente.

O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, destacou que o reconhecimento do Estado palestino faz parte do “interesse geopolítico da Europa”, o que sinaliza uma mudança de postura nesse tema. No entanto, países como França e Alemanha ainda não aderiram ao movimento unilateral de reconhecimento. O reconhecimento de um Estado Palestino por parte dos europeus pode representar um passo importante na busca por uma solução política de dois Estados na região.

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