Repórter Recife – PE – Brasil

Potências do G7 se comprometem a eliminar progressivamente centrais elétricas a carvão até 2035, com exceção da tecnologia de captura de carbono.

As potências do G7, que incluem Itália, Canadá, França, Alemanha, Japão, Reino Unido e Estados Unidos, tomaram uma decisão histórica nesta terça-feira (30). Os países concordaram em eliminar gradativamente e até no máximo 2035 suas centrais elétricas movidas a carvão, com exceção daquelas equipadas com tecnologia de captura de carbono.

O carvão é conhecido por ser o combustível fóssil mais poluente, e os ambientalistas têm pressionado o G7 para que eles sirvam de exemplo e liderem o caminho para energias mais limpas. Seguindo essa linha de pensamento, o grupo concordou em acabar com a geração de eletricidade a partir do carvão em seus sistemas energéticos na primeira metade da década de 2030. Essa decisão foi anunciada após uma reunião dos ministros de Meio Ambiente e Energia dos países-membros em Turim, na Itália.

O objetivo é seguir um calendário que seja compatível com a manutenção de um limite de elevação da temperatura de +1,5°C, alinhado com as trajetórias de neutralidade de carbono. No entanto, será permitido continuar gerando eletricidade a partir do carvão apenas se forem implementados sistemas de captura de emissões de CO2, uma medida que gerou críticas por parte de ecologistas.

Esta decisão foi vista como um passo decisivo por Luca Bergamaschi, do grupo de reflexão sobre o clima ECCO, e como um farol de esperança pelo World Resources Institute. No entanto, Andreas Sieber, da organização 350.org, considerou o compromisso insuficiente, enquanto o Institute for Climate Analysis alertou que 2035 pode ser tarde demais, especialmente considerando que não houve menção ao gás, que tem sido uma grande fonte de emissões de CO2 na última década.

Além disso, os ministros do G7 anunciaram que pretendem aumentar mais de seis vezes os sistemas de armazenamento de energia até 2030, visando otimizar o uso de fontes de energia renováveis. Esta decisão, embora tenha suas controvérsias, pode representar um grande avanço na luta contra as mudanças climáticas e na transição para uma matriz energética mais limpa e sustentável.

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