Presidente da Colômbia denuncia “grave” desaparecimento de mais de um milhão de armas e munições, que podem ter chegado ao Haiti

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, fez uma grave denúncia nesta terça-feira (30) sobre o desaparecimento de mais de um milhão de armas e munições de duas bases militares do país. Segundo ele, essas armas foram parar nas mãos de redes de tráfico ligadas a grupos ilegais da Colômbia e de outros países, como o Haiti.

Petro afirmou que as armas foram retiradas das bases militares de Tolemaida e La Guajira e destinadas a grupos armados colombianos e possivelmente a conflitos estrangeiros, especificamente fazendo menção ao Haiti. Ele destacou que mais de um milhão de munições foram perdidas, incluindo explosivos, granadas e até mísseis.

O presidente colombiano ressaltou a existência de redes formadas por pessoas das forças militares e civis que estão envolvidas no comércio ilegal de armas há muito tempo. Essa situação é preocupante em um país como a Colômbia, que enfrenta um conflito armado de longa data e episódios frequentes de corrupção no seio das forças de segurança.

O Haiti, situado a apenas sete horas de lancha rápida da base de La Guajira, foi mencionado como o provável destino das armas desviadas. Vale lembrar que em julho de 2021, o presidente haitiano Jovenel Moïse foi assassinado por um grupo de mercenários colombianos, o que gerou um grande caos social no país caribenho.

Diante dessa situação, as autoridades colombianas se comprometeram a realizar investigações para tomar as medidas necessárias. O ministro da Defesa, Iván Velásquez, não descartou possíveis demissões nas bases militares afetadas pelo desaparecimento do armamento. A Colômbia, que já contabiliza 9,5 milhões de vítimas em seis décadas de conflito armado, enfrenta mais um desafio relacionado ao sumiço de arsenais militares.

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