Projeto da ONG Américas Amigas promove detecção precoce de câncer de mama em região remota do Pará no Norte do Brasil

Em uma iniciativa inovadora, a ONG Américas Amigas está realizando um projeto pioneiro para contribuir para a redução da mortalidade por câncer de mama em pessoas acima de 40 anos em situação de vulnerabilidade social. O projeto está sendo implementado em Afuá e ilhas vizinhas, no extremo Norte do estado do Pará, uma região de difícil acesso e com poucas opções de unidades de saúde para atender a uma população de pouco mais de 37 mil habitantes.

A fase I do projeto consiste em um amplo treinamento de cerca de 176 profissionais da Atenção Primária, incluindo 128 agentes comunitários de saúde. Eles serão capacitados sobre o câncer de mama, seus sinais, a importância da mamografia e a detecção precoce da doença para garantir um melhor prognóstico no tratamento. Nas fases seguintes, o projeto contemplará o atendimento por mastologistas, o apoio de um navio equipado com mamógrafo, e a realização de todos os exames necessários para esclarecer diagnósticos positivos. Os casos detectados serão encaminhados para tratamento na rede pública de saúde.

Lorena Sofia Andrade dos Santos, Doutoranda em Enfermagem e Mestre em Saúde Pública, destaca a importância desse projeto para uma região como a Norte, onde o acesso à saúde é bastante desafiador devido à geografia peculiar. Ela ressalta que a maioria das mulheres ribeirinhas e indígenas nessas regiões remotas tem seu primeiro acesso aos serviços de saúde especializados por meio de ações como essa da Américas Amigas.

Além disso, a organização já realizou diversas ações em várias partes do Brasil, beneficiando milhares de mulheres com exames de rastreamento e diagnóstico precoce de câncer de mama. Com mais de 15 anos de atuação, a Américas Amigas já doou 23 mamógrafos, realizou mais de 1,5 milhão de mamografias e cerca de 70 mil outros exames, além de promover mais de 35 mil horas de capacitação para profissionais de saúde dedicados à detecção da doença.

A ONG segue as orientações de sociedades médicas nacionais e internacionais, que recomendam a realização de exames de rastreamento de câncer de mama a partir dos 40 anos de idade. Com essa abordagem única e abrangente, a Américas Amigas está fazendo a diferença na luta contra o câncer de mama em regiões vulneráveis do Brasil.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo