Reformas de Javier Milei: 5 áreas-chave do projeto em destaque após votação na Câmara dos Deputados argentinos

O projeto de reformas impulsionado pelo presidente argentino Javier Milei está sendo amplamente discutido e gerando polêmica em diversos setores. O presidente propôs um conjunto de medidas que abrangem cinco áreas-chave, incluindo desregulamentação da economia e um pacote fiscal, que ainda aguardam aprovação pelo Senado após terem sido votados pelos deputados.

Uma das medidas mais controversas do projeto é a declaração de emergência em áreas administrativas, econômicas, financeiras e energéticas por um ano, concedendo a Milei poderes para legislar nesses setores. Isso levanta preocupações quanto ao acúmulo de poder pelo Executivo e a possibilidade de modificação ou eliminação de competências de órgãos descentralizados.

Além disso, o projeto prevê a privatização de mais de uma dezena de empresas estatais, como a Aerolíneas Argentinas, Agua y Saneamientos e várias companhias de comunicações, transporte e energia. Também inclui a privatização parcial da Nucleoeléctrica, responsável pelas usinas nucleares do país.

Outra medida importante é o “Regime de incentivo a grandes investimentos” (Rigi), que busca atrair capitais estrangeiros com benefícios fiscais, aduaneiros e cambiais. No entanto, essa medida tem sido criticada por setores da indústria argentina e pelo Grupo de Ação Financeira Internacional (Gafi).

O projeto também contempla reformas trabalhistas e previdenciárias, estendendo o período de teste para novos funcionários, perdoando multas a empresas com trabalhadores não registrados e implementando um novo regime de aposentadoria. Além disso, o pacote fiscal estabelece que os assalariados com rendimentos superiores a 1,8 milhão de pesos voltem a pagar imposto de renda.

Em resumo, o projeto de reformas impulsionado por Javier Milei tem gerado debates acalorados e controvérsias, com críticas e elogios de diferentes setores da sociedade argentina. A aprovação final dessas medidas pelo Senado será crucial para o futuro econômico do país e para a consolidação do governo de Milei.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo