Relatório aponta mais de 10 mil mortes causadas por forças de segurança do Estado venezuelano durante governo de Maduro.

Nos últimos dez anos, a Venezuela foi palco de uma série de violações de direitos humanos, com um total de 10.085 pessoas assassinadas por forças de segurança do Estado. Os dados foram divulgados pela ONG Programa Venezuelano de Educação Ação em Direitos Humanos (Provea) e apontam que esses crimes ocorreram durante a gestão do presidente Nicolás Maduro.

De acordo com a coordenadora de pesquisa da Provea, Lissette González, esse número alarmante de mortes está ligado principalmente a supostas execuções extrajudiciais, além das mortes ocorridas durante protestos entre os anos de 2014 e 2017. Em 2023, o total de vítimas fatais chegou a 620, a maioria delas entre 18 e 30 anos, sendo a Polícia Nacional Bolivariana (PNB) responsável por 30% dos casos.

Além dos assassinatos, a Provea também documentou 1.652 vítimas de tortura durante a gestão de Maduro, ressaltando que, pela primeira vez em 35 anos, a maioria das vítimas foi composta por mulheres pobres privadas de liberdade.

A situação de violação de direitos humanos na Venezuela preocupa a ONG, que alertou para a impunidade e a crescente repressão em face das próximas eleições presidenciais, marcadas para 28 de julho. Segundo a Provea, o Estado venezuelano não só reprime a liderança política e social, mas também controla os membros mais vulneráveis da sociedade, agravando a crise econômica e social que assola o país.

Diante desse cenário de violência e repressão, a Venezuela enfrenta desafios enormes para a garantia dos direitos humanos e a manutenção da democracia. A Provea continua monitorando a situação e denunciando as violações, na esperança de que haja justiça e respeito à vida de todos os cidadãos venezuelanos.

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