De acordo com a coordenadora de pesquisa da Provea, Lissette González, esse número alarmante de mortes está ligado principalmente a supostas execuções extrajudiciais, além das mortes ocorridas durante protestos entre os anos de 2014 e 2017. Em 2023, o total de vítimas fatais chegou a 620, a maioria delas entre 18 e 30 anos, sendo a Polícia Nacional Bolivariana (PNB) responsável por 30% dos casos.
Além dos assassinatos, a Provea também documentou 1.652 vítimas de tortura durante a gestão de Maduro, ressaltando que, pela primeira vez em 35 anos, a maioria das vítimas foi composta por mulheres pobres privadas de liberdade.
A situação de violação de direitos humanos na Venezuela preocupa a ONG, que alertou para a impunidade e a crescente repressão em face das próximas eleições presidenciais, marcadas para 28 de julho. Segundo a Provea, o Estado venezuelano não só reprime a liderança política e social, mas também controla os membros mais vulneráveis da sociedade, agravando a crise econômica e social que assola o país.
Diante desse cenário de violência e repressão, a Venezuela enfrenta desafios enormes para a garantia dos direitos humanos e a manutenção da democracia. A Provea continua monitorando a situação e denunciando as violações, na esperança de que haja justiça e respeito à vida de todos os cidadãos venezuelanos.