Taxa de desocupação no primeiro trimestre de 2024 atinge 7,9%, a menor desde 2014, revela IBGE.

A taxa de desocupação no Brasil no primeiro trimestre de 2024 foi de 7,9%. Isso representa um aumento de 0,5 ponto percentual em comparação com o trimestre anterior, que havia encerrado com 7,4%. Mesmo com essa elevação, o índice registrado no primeiro trimestre deste ano é o menor para esse período desde 2014, quando estava em 7,2%.

Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD), nesta terça-feira, no Rio de Janeiro. De acordo com o IBGE, o país contava com 8,6 milhões de pessoas desocupadas no primeiro trimestre de 2024, um aumento de 6,7% em relação ao trimestre anterior. No entanto, em comparação com o mesmo período de 2023, houve uma redução de 8,6% nesse número.

O número de pessoas empregadas no primeiro trimestre deste ano foi de 100,2 milhões, uma queda de 0,8% em relação ao último trimestre de 2023. Por outro lado, em comparação com o mesmo período do ano anterior, houve um aumento de 2,4% nesse total de ocupados.

A coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, explicou que o aumento da taxa de desocupação no início do ano é um comportamento comum devido às perdas na ocupação, principalmente de trabalhadores temporários, incluindo aqueles ligados ao setor público, como na área da educação. No entanto, ela ressaltou que ainda há uma tendência de redução no desemprego no país.

Apesar da queda na ocupação no primeiro trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior, o nível de emprego com carteira assinada se manteve estável, com cerca de 38 milhões de brasileiros nessa condição. A pesquisadora também destacou que a maior parte das pessoas que ficaram desocupadas foram trabalhadores informais.

No que diz respeito aos rendimentos, a média do trabalhador alcançou R$ 3.123 no primeiro trimestre deste ano, representando um aumento de 1,5% em relação ao trimestre anterior e de 4% em comparação com o mesmo período de 2023. Já a massa de rendimentos atingiu um recorde de R$ 308,3 bilhões, porém apresentou estabilidade em relação ao trimestre anterior.

Apesar do crescimento nos rendimentos, a queda no número de ocupados sugere que um efeito anulou o outro. Em meio a essas oscilações, a tendência de redução do desemprego segue como um ponto positivo a ser observado no panorama econômico do país.

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