Em março de 2021, o Tesouro Direto havia alcançado seu maior valor mensal de vendas, chegando a R$ 6,842 bilhões. Esse aumento expressivo ocorreu devido ao vencimento de títulos indexados à Taxa Selic, que foram reinvestidos em novos papéis. Os títulos mais procurados neste mês foram os corrigidos pela Selic, representando 61,5% das vendas, seguidos pelos títulos ligados à inflação (IPCA) com 25,4% e os prefixados com 8,6%.
O Tesouro Renda+, lançado no início de 2023 para financiar aposentadorias, contribuiu com 3,4% das vendas, enquanto o Tesouro Educa+, destinado ao financiamento do ensino superior e lançado em agosto do ano passado, representou apenas 1,1% das vendas.
Com a elevação da Taxa Selic pelo Banco Central a partir de março de 2021, os investidores têm demonstrado interesse em papéis vinculados aos juros básicos, que mesmo com as recentes reduções, permanecem atrativos. O estoque total do Tesouro Direto atingiu R$ 133,27 bilhões no final de março, com um aumento de 1,39% em relação ao mês anterior.
O número de investidores no programa também apresentou crescimento, com 292,4 mil novos participantes cadastrados em março, totalizando 28.003.946 investidores. A preferência por títulos de curto prazo é evidenciada pelas vendas de até cinco anos, que representaram 64,9% do total.
O Tesouro Direto, criado em 2002, tem como objetivo popularizar a aplicação em títulos públicos e permite que pessoas físicas adquiram esses papéis diretamente do Tesouro Nacional, sem a necessidade de agentes financeiros intermediários. Mais informações sobre o programa estão disponíveis no site do Tesouro Direto.