Colômbia rompe relações com Israel e acusa primeiro-ministro de genocídio em resposta à guerra na Faixa de Gaza

O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, anunciou uma decisão drástica e histórica nesta quarta-feira. Em um discurso emocionado para seus apoiadores em Bogotá, o líder esquerdista afirmou que o país romperia relações diplomáticas com Israel a partir de quinta-feira. A justificativa de Petro foi direta e contundente: ele chamou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de “genocida” devido à guerra em curso na Faixa de Gaza.

O presidente colombiano tem sido um crítico ferrenho da resposta de Israel aos ataques do grupo palestino Hamas. A situação se agravou em outubro de 2023, quando o conflito eclodiu e resultou em centenas de mortes, incluindo de civis inocentes. Petro, que é defensor da causa palestina, não poupou palavras fortes em seu discurso, afirmando que não pode aceitar o genocídio e o extermínio de um povo.

A tensão entre Colômbia e Israel aumentou ainda mais quando Petro comparou as mortes de palestinos ao Holocausto judeu durante a Segunda Guerra Mundial. Essa comparação provocou uma reação do embaixador israelense em Bogotá, gerando um embate público entre as duas nações.

Mesmo sendo um dos maiores fornecedores de armas para as forças armadas colombianas, Israel viu o presidente Petro suspender a compra de suas armas em fevereiro, demonstrando seu posicionamento firme contra as ações do Estado judeu. Petro enfatizou que apoia qualquer medida que leve a um cessar-fogo no conflito entre Israel e o Hamas, mostrando sua preocupação com a situação humanitária na região.

O rompimento das relações diplomáticas entre Colômbia e Israel é um marco na história das relações internacionais e reflete a postura firme de Petro em defesa dos direitos humanos. Este episódio também evidencia as tensões geopolíticas envolvendo o Oriente Médio e a América do Sul, demonstrando como questões locais podem ter repercussões globais. As reações em diferentes partes do mundo a essa decisão ainda estão por vir, mas é certo que o gesto de Petro terá consequências significativas no cenário internacional.

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