Equador pede rejeição do pedido de medidas provisórias do México à CIJ em audiência tumultuada.

O caso que envolve o Equador e o México ganhou mais um capítulo nesta quarta-feira (1º), com o Equador encerrando as audiências orais perante a Corte Internacional de Justiça (CIJ) em resposta ao pedido de medidas cautelares feito pelo México. Em sua apresentação perante a CIJ, o Equador solicitou que o pedido de medidas provisórias do México fosse rejeitado, argumentando que o país não havia demonstrado urgência para tal solicitação.

O representante do Equador, Terán Parral, afirmou que não existia um risco real e imediato de dano irreparável aos direitos que o México buscava proteger, e pediu que o tribunal rejeitasse o pedido de indicação de medidas provisórias apresentado pelos Estados Unidos Mexicanos. Parral expressou sua expectativa de que os argumentos apresentados fossem considerados de forma positiva pela CIJ e ressaltou que o Equador acatará e cumprirá qualquer decisão tomada pelo órgão.

O embate entre os dois países teve início em abril, quando homens armados das forças de segurança equatorianas invadiram a embaixada mexicana em Quito e levaram à força o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas, que estava asilado no local. O México alega que Glas ainda mantém status de asilado, enquanto o Equador contesta a legalidade da concessão de asilo ao réu em um processo criminal.

Durante as audiências perante a CIJ, o México defendeu seu pedido de medidas urgentes, afirmando que o ocorrido em abril deveria ter consequências. Por sua vez, o representante equatoriano assegurou que seu país está protegendo as instalações diplomáticas mexicanas e se mostrou favorável à evacuação solicitada pelo México.

A CIJ agora terá que decidir sobre as reivindicações mexicanas em um prazo de algumas semanas, enquanto o tratamento da reconvenção do Equador ainda não tem data agendada. O desfecho desse caso certamente terá repercussões significativas nas relações diplomáticas entre os dois países.

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