Aumento de casos de SRAG por VSR e Influenza preocupa autoridades de saúde, aponta Boletim InfoGripe da Fiocruz

O Brasil enfrenta um aumento significativo nos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), com destaque para as infecções por vírus sincicial respiratório (VSR) e Influenza. O Boletim InfoGripe, divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) nesta quinta-feira (2), traz dados alarmantes referentes à Semana Epidemiológica 17, que compreende o período de 21 a 27 de abril.

De acordo com o boletim, a circulação intensa do VSR tem ocasionado um expressivo aumento na incidência e mortalidade de SRAG em crianças com menos de 2 anos. Além disso, outros vírus respiratórios de alta incidência entre a população infantil são o Sars-CoV-2 (covid-19) e rinovírus. Já entre os idosos, o número de mortes por SRAG continua elevado, com predominância da covid-19.

Nos últimos quatro períodos epidemiológicos, os resultados positivos para vírus respiratórios foram expressivos, destacando-se 58,0% para VSR, 7,9% para Sars-CoV-2, 24,3% para Influenza A e 0,4% para Influenza B. No que diz respeito às mortes nesse mesmo período, os principais responsáveis foram Sars-CoV-2, Influenza A, VSR e Influenza B, respectivamente.

A importância da vacinação contra a influenza é ressaltada pelo pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do Boletim InfoGripe. Ele destaca a campanha nacional de vacinação contra gripe, ampliada para todas as faixas etárias pelo Ministério da Saúde. No entanto, Gomes alerta que a vacina da gripe não é a solução única, pois outros vírus respiratórios estão em circulação. Ademais, ele destaca a importância do uso de máscaras de qualidade, como N95, KN95 e PFF2, especialmente para quem apresenta sintomas de resfriado.

A análise por estados revela um crescimento de casos de SRAG em 22 unidades federativas, enquanto a tendência de queda é observada nos estados do Centro-Oeste, Sudeste e Sul em relação aos casos de SRAG por covid-19. Nas capitais, 19 apresentam sinais de crescimento nos casos de SRAG.

Diante desse cenário epidemiológico preocupante, é fundamental que a população tome medidas de prevenção, como a vacinação e o uso de máscaras de qualidade, a fim de reduzir a propagação dessas infecções respiratórias. A conscientização e a adoção de práticas preventivas são essenciais para conter o avanço dessas doenças no país.

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