Barragem da Usina Hidrelétrica 14 de Julho se rompe no RS, causando evacuações e alerta para aumento do nível do rio Taquari

Na tarde desta quinta-feira (2), a população da cidade de Cotiporã, localizada na Serra Gaúcha, próxima a Bento Gonçalves, foi surpreendida com o rompimento parcial da barragem da Usina Hidrelétrica 14 de Julho. O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, concedeu uma declaração tranquilizadora, afirmando que, de acordo com técnicos, o colapso não provocará uma enxurrada devastadora. No entanto, os efeitos do aumento do nível do rio Taquari serão sentidos nas cidades abaixo do local do rompimento.

A Defesa Civil estadual já vinha alertando a população sobre a elevação do nível do rio devido às fortes chuvas que atingem a região desde a última sexta-feira. Com o apoio de outros órgãos públicos, como a Companhia Energética Rio das Antas, estão sendo realizadas ações para retirar as famílias que se encontram em áreas de risco.

O secretário da Casa Civil, Artur Lemos, destacou a preocupação com a velocidade com que a água vai descer em direção às cidades de Santa Bárbara e Santa Tereza. O Plano de Ação de Emergência foi ativado desde o início da tarde do dia anterior, com o acionamento de sirenes para evacuação da área, visando a retirada da população com antecedência e segurança.

Até o momento, o balanço da Defesa Civil estadual aponta 13 óbitos e 12 feridos em decorrência das fortes chuvas em todo o estado. Há ainda 21 pessoas desaparecidas e mais de 67.860 pessoas afetadas de alguma forma por alagamentos, inundações, enxurradas e vendavais. O número de desalojados já chega a 9.993 e aqueles que precisaram buscar abrigos públicos ou de entidades assistenciais totalizam 4.599.

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) está apurando as causas e consequências do rompimento da barragem, enquanto as autoridades locais trabalham para mitigar os impactos e garantir a segurança da população afetada. Medidas de evacuação continuam sendo tomadas para resguardar a vida das pessoas nas áreas de risco.

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