Ao longo dos últimos 50 dias, o BC argentino implementou quatro reduções na taxa de juros, saindo de 100% ao ano para os atuais 50%. Essa dinâmica de cortes sucessivos reflete a estratégia do governo em reduzir a quantidade de dinheiro em circulação de forma acelerada, visando minimizar os riscos associados à remoção dos controles cambiais.
De acordo com a autoridade monetária argentina, a decisão de reduzir as taxas levou em consideração o contexto econômico e a rápida correção das expectativas de inflação. A expectativa é de que a inflação caia para 5,8% em maio, conforme afirmou o vice-presidente do banco central, Vladimir Werning.
Para priorizar a redução da inflação, o Ministro da Economia, Luis Caputo, anunciou adiamentos nos aumentos programados nas tarifas de gás, eletricidade e ônibus, além do adiamento do aumento no imposto sobre combustíveis. Caputo enfatizou a importância de não sobrecarregar a classe média com mais despesas neste momento.
A redução das taxas de juros indica que o governo argentino não tem pressa em sair da situação atual e não busca taxas reais positivas no curto prazo. O foco imediato é continuar reduzindo a quantidade de pesos em circulação na economia, demonstrando que a estratégia econômica do país está centrada na estabilização e no controle do mercado financeiro.