A AFP teve a oportunidade de acompanhar uma missão do governo colombiano até a região, onde o ministro da Cultura, Juan David Correa, pediu desculpas aos povos indígenas pelo que descreveu como um “genocídio”. A história de horror que se desenrolou na região foi marcada pela escravidão, tortura e assassinato de milhares de indígenas em nome da extração de borracha.
Além de lidar com as feridas do passado, os povos indígenas da região também enfrentam ameaças contemporâneas, como a violência perpetrada por traficantes de drogas, fazendeiros, proprietários de terras, madeireiros e guerrilheiros. A falta de presença do Estado na região abriu espaço para a exploração dessas comunidades, que lutam para preservar sua cultura e proteger suas terras ancestrais.
A Casa Arana, que testemunhou séculos de sofrimento e dor, agora foi transformada em uma escola pública, cercada por campos de futebol e quadras de basquete. A memória dos povos indígenas é mantida viva através de murais que retratam os horrores vividos pelos seus antepassados.
Apesar de terem sobrevivido aos tempos sombrios do genocídio da borracha, os povos indígenas da Amazônia colombiana ainda enfrentam desafios e ameaças que colocam em risco sua existência física e cultural. O governo colombiano, juntamente com organizações internacionais, está trabalhando para proteger essas comunidades e garantir um futuro mais seguro e próspero para todos os povos indígenas da região.