A operação, denominada Eraha Tapiro, que significa “levar boi” na língua Asurini do Xingu, foi conduzida em conformidade com uma determinação da Justiça Federal, que obriga a Funai a proteger a região habitada pelos indígenas isolados do Igarapé Ipiaçava. Essa ação foi motivada por uma ação do Ministério Público Federal, que solicitou a renovação do processo de interdição da área para garantir a sobrevivência dos isolados.
A reserva Ituna-Itatá teve restrições de uso desde 2011, com proibição de exploração de recursos naturais e controle de ingresso na área. No entanto, entre 2011 e 2021, a região foi uma das mais desmatadas no Brasil e registrou altos índices de desmatamento em 2019, de acordo com dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes).
Apesar da determinação judicial para interdição da área, as operações de desintrusão só foram efetivamente realizadas em 2023, devido a dificuldades enfrentadas pela nova gestão da Funai. Para reverter os impactos das decisões anteriores, o órgão emitiu uma nova nota de esclarecimento, destacando a importância da proteção da TI.
Nesta quinta-feira (2), o Ministério da Justiça e Segurança Pública autorizou o envio da Força Nacional para atuar na região por 90 dias, em apoio à Funai e em colaboração com os órgãos de segurança pública do Estado do Pará. Esta medida visa fortalecer a proteção do território indígena e combater práticas ilegais que colocam em risco a vida dos povos tradicionais da região.