A lei de 1864, que proibia o aborto em praticamente todas as circunstâncias, exceto quando a vida da mãe estivesse em risco, havia sido resgatada recentemente pela Suprema Corte estadual. Porém, a governadora Hobbs, em um ato corajoso, decidiu sancionar o projeto de lei que revogou essa proibição, abrindo caminho para a legalização do aborto no Arizona.
A polêmica em torno deste tema é evidente, uma vez que a sociedade americana está profundamente dividida. A revogação da lei do século XIX causou um estupor na população, levando milhares de pessoas às ruas em protesto. Até mesmo a campanha do democrata Joe Biden viu uma oportunidade de capitalizar o descontentamento popular, enquanto o ex-presidente Donald Trump e os líderes republicanos tiveram que lidar com a impopularidade das medidas contra o aborto.
No entanto, após intensas negociações, a revogação da lei foi aprovada na Câmara dos Representantes do Arizona, com o apoio de alguns legisladores republicanos. Esta vitória representa um avanço significativo para os defensores dos direitos reprodutivos, que agora planejam um referendo em novembro para incluir o acesso ao aborto na Constituição estadual e ampliar a janela legal para o procedimento.
Com a revogação da proibição do aborto no Arizona, a governadora Katie Hobbs coloca o estado em sintonia com as demandas da maioria da população, abrindo um novo capítulo na história dos direitos reprodutivos nos Estados Unidos.
