A menina, acompanhada de seus três irmãos mais novos, ficou ferida no momento da queda da aeronave e teve que se deslocar de joelhos durante 20 dias, apoiada em seu quadril e utilizando os braços para se mover pela vegetação circundante. Mesmo com sua condição, Lesly cuidou dos irmãos Soleiny, Tien Noriel e Cristin enquanto vagavam pela Amazônia colombiana em busca de ajuda.
Após serem resgatados por indígenas e militares, as crianças foram encaminhadas para os cuidados de uma instituição pública que zela pelos direitos das crianças em uma cidade não revelada. Detalhes inéditos do relatório mostraram que Lesly perdeu a consciência por vários minutos após o acidente e acordou com ferimentos na cabeça e na perna, além de ter enfrentado um ataque de pânico após o resgate.
O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, ordenou uma intensa busca pelas crianças, com sobrevôos de helicópteros realizados pelas Forças Armadas. Mesmo com a tentativa de auxílio, os militares não conseguiram localizar as crianças devido à densa selva que os impedia de encontrá-las.
Os sobreviventes relataram ter ouvido as aeronaves e a comunicação pelos alto-falantes, que transmitiam a voz da avó deles. No entanto, a vegetação impediu que eles conseguissem avistar os resgates. Mesmo com dificuldades, as crianças continuaram sobrevivendo na selva até serem encontradas, mostrando coragem e força em meio a um cenário tão desafiador.