Uma denúncia recebida pelo Farol de Notícias de uma leitora identificada como Nárgilla Rodrigues, residente no bairro AABB e mãe de uma criança com o braço quebrado, evidenciou a gravidade da situação. A paciente relatou ter aguardado por mais de duas horas por atendimento, sendo informada que o hospital enfrentava problemas devido à falta de um ortopedista. O cenário descrito por Nárgilla era caótico, com pessoas desmaiando e sofrendo fortes dores nas filas de espera.
Além dos problemas relacionados à falta de profissionais, a autônoma também denunciou maus-tratos por parte de alguns funcionários do hospital. Segundo ela, um dos vigilantes chegou a ameaçar sacar uma arma contra seu esposo, que é policial civil, durante uma tentativa de buscar atendimento para a filha. A situação de desespero vivenciada pela família de Nárgilla reflete a gravidade do colapso no atendimento médico do Hospam.
Diante das denúncias e da repercussão do caso, a direção do hospital emitiu uma nota esclarecendo que todas as medidas necessárias foram tomadas para atender à situação. O diretor geral, Leonardo Carvalho, justificou a ausência de um ortopedista devido a um problema de saúde de um dos profissionais, o que exigiu uma reorganização na equipe para garantir o atendimento das urgências e emergências.
A situação caótica no Hospam coloca em evidência os desafios enfrentados pela saúde pública na região de Serra Talhada e a necessidade de um maior investimento e planejamento para garantir um atendimento de qualidade à população local. O caso de Nárgilla Rodrigues é um exemplo alarmante das consequências da precariedade no sistema de saúde e da urgência de medidas eficazes para solucionar esses problemas.