Emergência do Hospam lotada: pacientes esperam mais de cinco horas por atendimento e denunciam falta de médicos e maus-tratos.

O Hospital Regional Professor Agamenon Magalhães (Hospam), em Serra Talhada, tem enfrentado dias de lotação na sua emergência, devido ao aumento da procura por atendimento médico. Pacientes relatam esperar mais de cinco horas para serem atendidos na emergência adulto, o que tem gerado uma situação crítica na unidade de saúde.

Uma denúncia recebida pelo Farol de Notícias de uma leitora identificada como Nárgilla Rodrigues, residente no bairro AABB e mãe de uma criança com o braço quebrado, evidenciou a gravidade da situação. A paciente relatou ter aguardado por mais de duas horas por atendimento, sendo informada que o hospital enfrentava problemas devido à falta de um ortopedista. O cenário descrito por Nárgilla era caótico, com pessoas desmaiando e sofrendo fortes dores nas filas de espera.

Além dos problemas relacionados à falta de profissionais, a autônoma também denunciou maus-tratos por parte de alguns funcionários do hospital. Segundo ela, um dos vigilantes chegou a ameaçar sacar uma arma contra seu esposo, que é policial civil, durante uma tentativa de buscar atendimento para a filha. A situação de desespero vivenciada pela família de Nárgilla reflete a gravidade do colapso no atendimento médico do Hospam.

Diante das denúncias e da repercussão do caso, a direção do hospital emitiu uma nota esclarecendo que todas as medidas necessárias foram tomadas para atender à situação. O diretor geral, Leonardo Carvalho, justificou a ausência de um ortopedista devido a um problema de saúde de um dos profissionais, o que exigiu uma reorganização na equipe para garantir o atendimento das urgências e emergências.

A situação caótica no Hospam coloca em evidência os desafios enfrentados pela saúde pública na região de Serra Talhada e a necessidade de um maior investimento e planejamento para garantir um atendimento de qualidade à população local. O caso de Nárgilla Rodrigues é um exemplo alarmante das consequências da precariedade no sistema de saúde e da urgência de medidas eficazes para solucionar esses problemas.

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